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GUTS nasce do atrito, espirrando tinta sem pedir licença. Não quer mudar o mundo, quer rasurá-lo. Quer borrar o que foi dito. E o que não foi. Quer reescrever o que nunca foi permitido, imprimir de novo, imprimir errado, imprimir melhor. GUTS acredita que inspiração existe, mas chega sempre atrasada. Por isso corre na frente dela, apesar dela, contra ela. GUTS acredita que o processo criativo é um eufemismo para o caos, e que a boa arte nasce do erro, do acidente, do atrito, da mancha que não deveria estar ali, mas está. GUTS é impressão, ruído e desobediência. GUTS é uma dúvida em um mar de certezas. É Gutenberg sorrindo torto para um futuro que não pediu sua opinião. Nem a minha. É a velha prensa transformada em arma contemporânea: pesada, mecânica, imperfeita, exatamente como a verdade. Mas o que é a verdade? GUTS acredita que quando tudo parece perfeito, nada está (per)feito. Prefere o corte torto ao alinhamento imaculado, o preto que suja, o amarelo que invade, o papel que rasga. GUTS prefere o risco. É ferramenta e é falha. É o que sobra quando você descobre que não há pureza no gesto, só intenção. GUTS não pede desculpas. GUTS pensa. GUTS imprime. GUTS faz. Isso é tudo. E isso é muita coisa.

GUTS PENSA.
GUTS IMPRIME.
GUTS FAZ.